Itinerário de Pasárgada

Sim,gosto de ser musicado,de ser traduzido e... de ser fotografado.Criancice? Deus me conserve as minhas criancices!Talvez neste gosto,como nos outros dois,o que há seja o desejo de me conhecer melhor,sair fora de mim para me olhar como puro objeto.

Manuel Bandeira,1954

segunda-feira, 22 de outubro de 2012




Vida de Borboleta


Pelos lugares que andei procurei a medida certa, a história perfeita, os sintomas, as causas, justificativas. Tentei continuar sendo protegida pelo casulo de minha alma alheia a qualquer interferência. Não fracassei,  porém não fui avisada a tempo de aproveitar cada fio que tece esse casulo, a transformação que viria logo em seguida de alguma forma me mataria. A falta de preparo fez seu papel e nessa metamorfose cada fio tornou-se um desafio pela busca longa e incansável de momentos contidos na fragilidade e na delicadeza de cada bater de asas que a vida me traria. Pelo voo livre e incerto sou borboleta, sei da rara beleza deste  instante sagrado e em meu instinto sei também que minha passagem será muito breve.

domingo, 14 de outubro de 2012

 Para todo o mal há cura.. Será???

Ouvi dizer que o tempo cura tudo.
Ouvi dizer que o tempo não cura nada.

Fico com a segunda opção. Dor, sofrimento, mágoa, decepção o tempo não apaga.
O tempo engessa em cada parte do coração ou da mente(se preferir) tudo que nos foi dado em troca de qualquer coisa.
Se fosse curar, trataríamos de esquecer como se nunca tivéssemos vivido ou sentido(se preferir) as más experiências que a vida nos proporciona.
O tempo tatua em cada parte do corpo para exatamente nos fazer lembrar de absolutamente tudo que precisa ser lembrado hoje, amanhã ou depois.
Não discuto se é sadio ou não, se é coisa de gente normal ou não, se é coisa de quem tem rancor ou não, mas a verdade é que só dessa forma aquele "desenho ou cicatriz" não irá se repetir novamente (teoricamente).
Falo do tal amadurecimento que vem com o passar dos anos, que nos permite adaptar-se as novas condições, que nos permite reagir a adversidade, que pode até nos deixar na mão, mas que talvez será diferente( eu disse talvez).
E quem falou que não vivemos de passado? Tanto vivemos como tomamos ele para escrever o futuro.
E no fim de tudo prevalece a teoria que diz: "aprendemos mais com os erros que com os acertos. Continuaremos errando e caindo para levantar, prontos para machucar e sermos machucados.."
É  a lei natural da vida da mesma forma que nascemos para morrer..